No fundo todos somos pessoas diferentes. Temos em nós algo que nos distingue dos outros, que nos torna especiais. Assim, ser diferente é algo bom, saudável e desafiante.
Quando estamos perante uma pessoa com deficiência mental dizemos que é uma pessoa diferente. “Diferente” é o antónimo de “igual”. Ora se chamamos à pessoa com deficiência mental diferente é porque nós somos todos iguais! E isso não é bom, saudável nem desafiante.
Fazemos parte da sociedade que se quer igual em tudo. Somos cópias uns dos outros e, pouco a pouco, vamos perdendo a alegria do mistério que é conhecer o Outro! Conhecemos o outro pelo que ele nos diz. Triste daquele que não conhece a sensação de fazer crescer uma amizade. A amizade é algo delicado, frágil e especial, que só existe quando duas pessoas diferentes se conhecem.
DIFERENTES!
Trabalhando numa instituição de pessoas diferentes (e já vimos que isto é bom, saudável e desafiante) tenho pensado muito sobre o tema da deficiência mental e a forma como a “história” tem tratado estas pessoas! E no fundo, vejo, tristemente, que actualmente trata com indiferença.
INDIFERENÇA!
Simplesmente esquecemo-nos deles, afastamo-los do nosso alcance visual (e, assim, da nossa vida) e vivemos estupidamente alegres (?) por não ver pessoas diferentes. No fim de contas, mantemos a ideia que somos imortais, perfeitos e IGUAIS!
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